É muito fácil tomar decisões para contentar e alegrar uma grande maioria e assim evitar críticas. Difícil é fazer o que se deve fazer, mesmo que a opnião de 190.000.000 de pessoas exerça intensa pressão, potencializada pela mídia, no momento de decidir.
Como líder, o atual técnico da seleção brasileira tomou a melhor decisão: deu prioridade para o time, valorizando o trabalho que cada jogador realizou durante todo o processo de preparação para a Copa do Mundo.
Como disse o Ronaldo fenômeno na coletiva logo após a eliminação do Corinthians pelo Flamengo na Libertadores, … o que o povo quer é a vitória, não a explicação . E a vitória é construída pelo comprometimento do time com o resultado.
Para que o time se comprometa com o resultado que o Dunga deseja, ele tem que valorizar o trabalho e a vontade de vencer de cada um. Se o cara não falta no treino, se esforça para melhorar a condição física, é o primeiro que chega e o último que vai embora, se abre mão das baladas e da mulherada, se preserva sua integridade física para não correr o risco de se lesionar, e consegue transformar todo esse esforço em resultado ele merece a vaga.
Agora ganhar a vaga porque foi bom no passado mas não se compromete com o treino é desmotivar quem se compromete. Não basta ser bom, tem que treinar. Não basta estar o melhor, tem que treinar. Só treinando a gente consegue atingir a meta e ser o melhor.
Parabéns Dunga. Você priorizou o mais importante: o comprometimento da equipe. Lugar entre os melhores é para quem se compromete de verdade. A Copa do Mundo começou no primeiro jogo das eliminatórias e agora agora é a reta final. Azar de quem não pensou assim.
Líder de verdade aguenta pressão – seja da mídia, de 190 milhões de palpites, de grandes estrelas – quando coloca sua equipe em primeiro lugar.
Parabéns Dunga, você criou uma equipe comprometida, pois a vaga é de quem apresentou o melhor resultado no treino e no jogo.
Leia mais sobre comprometimento de equipes no post O boi só engorda com o olho do dono
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Rogério Kobal é consultor especializado em serviços de marketing digital voltados para empresas que necessitam ser mais lucrativas, tornando-se mais relevantes para seus clientes.
2 Comments
Abne Alecrim
10/09/10Concordo com você Rogério. Está passando da hora de entendermos no Brasil que cada um tem seu limite, sendo que, este limite poderá ou não nos levar ao topo. Agora desmerecer alguém que brigou, ganhou e se credenciou para assumir a seleção brasileira, estaremos torcendo pelo raciocínio no mínimo ingrato, desonesto e no mínimo injusto. Não podemos dar crédito para aqueles que ganham ou conquistam algo, e logo depois quando ocorre uma derrota, um fracasso, descredenciá-lo, diante da sua fraqueza e limitação. Não podemos pensar que quando temos “sucesso” prestamos, e se não temos não prestamos. Parabéns Rogério pela excelente explicação de uma derrota que poderá e deverá servir como aprendizado. Que venha 2014!
Rogério Kobal, especialista em Marketing Digital
08/09/10A Derrota na Copa da África do Sul me fez pensar se Dunga realmente fez o que mais importa…
O esquema que ele montou, mostrou-se frágil. E a escolha dos jogadores mostrou-se pouco eficaz.
A briga com os jornalistas mostrou um líder intenso e desmedido.
Dunga criou uma equipe comprometida, porém os integrantes desta equipe tinham um talento limitado naquele momento. Creio que o grande ponto fraco do ex-treinador tenha sido colocar o foco no processo – ” ficamos mais de x dias concentrados…” – e não no resultado, delegando mais o processo para o time.
Talvez tenha sido um foco de jogador, de capitão, e não de treinador.
Porém, o mais decepcionante foi vê-lo indo embora direto para o vestiário, sem entrar no campo para acolher seus jogadores. Até o Maradona fez isso, levantou uma a um depois da lavada que a Argentina tomou.
O Dunga ficou preocupado com ele próprio. Com a pressão da mídia.
Parabéns Dunga,
Você criou uma equipe comprometida. O grande erro foi comprometê-la com o processo e não com o resultado.
Não podemos culpar um líder pela sua limitação ou falta de talento. Quem escolheu o Dunga como líder da seleção, arriscou.
Poderia ter dado certo – aliás, uma campanha excelente até a Copa – como poderia não ter dado. A equipe foi do tamanho do resultado.
Força Mano Menezes! Que venha 2014.
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